segunda-feira, 1 de junho de 2009

DESGOVERNO SERRA por LUIZ NASSIF

“Confesso não entender o que se passa com os livros didáticos em São Paulo. O Ministério da Educação criou um modelo de seleção dos livros didáticos que consistiu em definir comitês, provenientes das diversas Universidades, para analisar os livros. Depois encaminha-se essa seleção para todos os professores do país, para poderem escolher livremente. O MEC envia os livros sem nenhum custo para os estados. Nesse ínterim, teve penetração em algumas prefeituras os chamado cursos apostilados - muitas vezes negociado pelas empresas direto com o prefeito, em vez da equipe da Educação. Foi uma luta feroz, em que um dos competidores era a Abril - conforme você pode conferir na série sobre a VEJA em meu blog.

Quando assumiu, a Secretaria Maria Helena, da Educação de São Paulo, concedeu entrevista garantindo que iria acabar com a farra. A Secretaria contrataria professores, pagaria pelo conteúdo e pelos direitos autorais, imprimiria e distribuiria, reduzindo substancialmente o custo. De repente, muda tudo. Assume Paulo Renato e pelo Diário Oficial do estado se fica sabendo de compras imensas, periódicas, de livros sem licitação. E, pelos abusos que estão sendo revelados, sem avaliação pedagógica.

Não adianta José Serra falar em punir os responsáveis ou quem quer que seja. Esses problemas todos estão ocorrendo devido aos negócios montados pela FDE com editoras, com plena aprovação da Secretaria da Educação. Aliás, passando por cima do que era a orientação inicial da Secretaria.

O que se passa?”

***


Enquanto isso mais um livro inadequado para crianças do ensino fundamental deve ser retirado das salas de aula nos próximos dias pelo governo de São Paulo e que contém frases como: “Nunca ame ninguém. Estupre”. Em entrevista à Rádio Eldorado, o secretário Estadual da Educação, Paulo Renato Souza, (ex-ministro da educação do FHC e futuro, se SERRA vencer) disse que houve um erro na seleção de alguns dos 818 títulos que fazem parte do Programa Ler e Escrever. O primeiro erro foi detectado há algumas semanas com o livro Dez na Área, Um na Banheira e Ninguém no Gol, que era do mesmo programa e também dirigido para a terceira série. Mas na verdade o primeiro erro foi o livro indicando a existência de dois Paraguai, um na Bolívia e outro no Uruguai e o Uruguai no Paraguai. (Xiii!! Desaprendi!)

E agora os 463.088 exemplares terão de retornar à FDE? Piada. Eles não estão nas escolas, estes livros foram comprados para serem entregues aos alunos, para eles levarem para suas casas. Não há como recolher isso nunca mais. Exatamente por este motivo a mãe de um aluno o entregou ao SPTV. Caso eles fossem recolhidos, o que seria feito de todos esses livros com logotipo da FDE, do Governo do Estado etc.? E a dinheirama paga por eles, voltaria de alguma maneira? Como? As editoras topariam desfazer o negócio se não foi culpa delas a escolha?

Em tempo 1:

Dialogo entre Pai e Mãe: (por enquanto só em São Paulo)

- Por quê este menino está falando tantos palavrões ?

- Não são palavrões! É a lição de casa!

Em tempo 2:

Quando não há explicação falamos a palavra mágica do governo Serra: SABOTAGEM. (Ai, fica fácil…)

Em tempo 3:

“Não concordo com a opinião da maioria dos votantes em nossa enquete, mas respeito. A democracia tem que ser vivida mesmo quando nos contraria.” Senador Álvaro Dias, sobre resultado de pesquisa efetuada por seu BLOG: Resultado final : FHC 34%, Lula, 66%.

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