quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

SÓ ALEGRIA!

O Carnaval inspira a política.

Com Brasília às moscas, sobraram duas opções: encarar a avenida ou isolar-se em um retiro estratégico.

Os 84% de popularidade fizeram Lula arriscar uma incursão pela Sapucaí, onde passou a madrugada assistindo a Beija-Flor. Dilma Rousseff preferiu os blocos do Nordeste, em mais uma etapa da superexposição a que está sendo submetida. O governo veste a fantasia não só porque tem altos índices de aprovação. Ao colocar o bloco – e sua candidata – na rua, aproveita-se de um vácuo da oposição, perdida em guerras internas.

Os tucanos protagonizam um jogo de intrigas e sabotagens na disputa entre José Serra e Aécio Neves pela candidatura presidencial.

Já o PMDB, assediado por ambos os lados, não consegue curar a ressaca dos últimos dias, imposta por contundentes denúncias de corrupção.

A oposição é minoritária no partido e, sem forças, faz apenas barulho.

A ala governista, por sua vez, finge que não é com ela e se agarra a Lula.

Anfitrião do presidente no Sambódromo, o governador Sérgio Cabral desdenha do cargo de vice na chapa de Dilma, mas diz que será o cabo eleitoral número 1 da petista em 2010.

Quem não está gostando nem um pouco desse assédio ao PMDB são os partidos do chamado bloquinho (PSB, PDT e PC do B).

A maior insatisfação é de Ciro Gomes, escanteado das discussões sobre a sucessão presidencial. Sob flerte dos tucanos, Ciro pretende romper o isolamento e percorrer o país após o Carnaval. O giro começa justamente pelo Rio Grande do Sul, reduto de Dilma.

CURTAS I

Aqui no Brasil, a Imprensa Paulista + Globo, considera o presidente Lula um desqualificado:
- Ele não está preparado para exercer o poder.
- “Preparado“ é o José Serra (Zé Pedágio), que se passa por economista e não é.

CURTAS II

Conta-se que o editor da Folha, em 2002, num almoço na Folha disse a Lula, cara a cara, que Lula não tinha curso universitário e, por isso, não podia exercer a Presidência. (Lula teria apanhado o boné, se levantado da mesa e ido embora…) Se for por isso, Zé Pedágio também não pode, porque não se formou em nada. (pesquise na internet)

FRASES

"Ela (Dilma Rousseff) já está nas ruas. E o que o PSDB vai fazer?” Governador Aécio Neves, que quer em adiantar a escolha do candidato tucano para 2010. (Esqueceu de mencionar que José Serra também está nas ruas).

"Acho absolutamente incorreta essa visão de que estamos fazendo campanha. O que eu fiz aqui foi uma explicação, e temos feito isso sistematicamente." Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil. Em resposta a acusações da oposição, que acionou o TSE por considerar que a ministra faz campanha.

Em tempo:
será que algum eleitor saberia dizer em que crime da legislação eleitoral incorre aquele que apresente currículo falso? Aquele que se faz passar por alguém que não é? Isso não é “falsidade ideológica”? Por que o PT não impugna a eleição de Serra? Ou o PT também tem medo…

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

SERRA PÓÓÓDE! LULA, NÃO PÓÓÓDE!!

O noticiário dos últimos dias imita o bordão da dra. Lorca, a nutricionista louca do Zorra Total:

- Serra fazer propaganda da Sabesp, a empresa de saneamento paulista, para vender esgoto no Acre e no Mato Grosso: PÓÓÓDE.

-Serra vender Rodoanel na Paraíba, com propaganda paga pelo contribuinte de São Paulo: PÓÓÓDE.

-Lula e Dilma fazer encontro de prefeitos para propagandear o PAC: NÃO PÓÓÓDE.

Em benefício da Nação e de São Paulo, vítima de 14 anos de “jestão” tucana, seria muito bom se o José Serra, mais conhecido naquelas redondezas como Zé Pedágio se lançasse candidato imediatamente.

Zé Pedágio 2010 !

Amigo e-leitor, sabe por que o José Serra hesita ?

Porque ele tem medo.

Tem medo de que?

Tem medo do Aécio que não vá apoiar ele, nem que o espírito de Tancredo Neves baixe no Palácio da Liberdade!

Aliás, se Tancredo re-encarnar, aí mesmo é que Aécio não apóia Serra.

Antes de montar o Governo que não pôde exercer, Tancredo tomou duas medidas.

Não deixou Serra fazer o programa econômico de seu Governo – como Ulysses Guimarães queria. Achava que Serra não tinha qualificações e as poucas idéias que tinha não eram as de Tancredo.

Tancredo também se recusou a dar um ministério a Fernando Henrique – outro pedido de Ulysses. Tancredo disse a uma certa pessoa: não se pode confiar nesse rapaz (FHC).

José Serra tem medo de que os paulistas se apercebam de que ele não é economista, não é competente e é um péssimo governador.

Um dia, os paulistas vão descobrir o que os cariocas, os mineiros e os nordestinos já sabem: José Serra é um dos mais refinados blefes criados pela imprensa de São Paulo.

E, aí, se os paulistas se derem conta de que ele é um blefe, José Serra vai ficar no contra-pé: não será presidente nem se re-elege Governador.

O problema é desconfiar de que, se tudo der errado, ele não consiga sequer se re-eleger.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ACABOU A CORRUPÇÃO!!

Caro leitor, acompanhe a seguinte sucessão de informações. E não se deixe dominar pela lágrima ou o desencanto.

José Sarney, pai de Fernando (intimado pela Polícia Federal para explicar “movimentações financeiras atípicas”), preside o Senado. José Sarney foi quem ofereceu Emilia Ribeiro para ser o voto de desempate que permitiu à Anatel aprovar a BrOi.

A PF está finalmente dominada por Luiz Fernando Corrêa, homem de confiança de José Dirceu. Corrêa ascendeu ao posto para que Paulo Lacerda não prendesse Daniel Dantas…

Tudo isso recompõe a situação que predominou no Governo Fernando Henrique. “Ele não rouba, mas deixa roubar”, disse Ciro Gomes ao se referir ao então presidente Fernando Henrique Cardoso.

A Polícia Federal do Governo Lula, devidamente enquadrada por “Gilmar Dantas” e, agora, por José Sarney, se prestará, como no Governo anterior, a prender meia dúzia de traficantes óbvios e fazer perseguições políticas. Como a “Operação Lunus”, em que José Serra e Fernando Henrique destruíram a candidatura de Roseana Sarney à Presidência.

O azar do Daniel Dantas é que os pequenos problemas que o afligem passaram à esfera da Justiça – e da Justiça dos Estados Unidos, da França e da Suíça. Não há mais como a Polícia Federal de Luiz Fernando Corrêa possa ajudá-lo.

Corrêa fez de tudo para não prender Dantas, até o momento em que os policiais arrombavam a parede falsa do apartamento de Dantas em Ipanema. (Por falar nisso: cadê os 12 HDs que estavam atrás da parede falsa, Dr. Saadi ?)

“Agentes” de Corrêa pressionaram o corajoso Juiz Fausto De Sanctis na tarde da mesma sexta-feira em que, à noite, o Dr. De Sanctis assinou a ordem de prisão de Dantas. E na madrugada da terça-feira seguinte, (08/07/08), Corrêa tentou impedir que o delegado Protógenes Queiroz prendesse Dantas, Naji Nahas e Celso Pitta.

Como se sabe, “agentes” de Corrêa, como o delegado Paulo Tarso Teixeira, aos berros e aos palavrões, no telefone, mandava Queiroz abortar a Operação Satiagraha, quando os policiais já estavam nas caminhonetes em direção à casa dos bandidos.

Paulo Tarso Teixeira é aquele que investigou o “Dossiê Cayman”, com a função específica de não investigar a suposta conta de Sergio Mota em Luxemburgo, e pretensamente administrada por Ricardo Sergio de Oliveira, que foi “chefe do caixa” de campanhas de José Serra e Fernando Henrique.

Paulo Tarso Teixeira não queria saber da conta.
Mas, do “Dossiê” fajuto. Foi outro trabalho edificante da Polícia Federal nos tempos iluminados de FHC…

Agora, no Governo Lula, Paulo Tarso Teixeira substituiu na Delegacia dos Crimes Financeiros o delegado Luiz Flávio Zamprogna. Zamprogna presidiu o inquérito do mensalão e foi destituído 48 horas depois de apurar que um ministro do Governo Lula, Walfrido Mares Guia, estava atolado até os dentes no mensalão de Minas (e do PSDB).

É essa a turma que, hoje, manda na PF.

Acabou a corrupção no Brasil.


Puxa, que bom!

Já era tempo, não?

Viva o Brasil!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DESARMADOS

Eu não tinha me apercebido, mas após mais um assassinato que me dei conta: foi votado um plebiscito no Brasil, pediram ao povo que opinasse se queria o desarmamento ou não.

E o que aconteceu: o povo decidiu que não queria o desarmamento.

E o que o povo decide num plebiscito é soberano, nada pode anular a decisão popular, todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, como reza a Constituição.

Mas na verdade está acontecendo exatamente o que o povo repudiou no plebiscito, está acontecendo o desarmamento.

Quem tem armas em casa está sujeito a ser preso. Só pode ter armas escondidas.

Porque é proibido portar ou ter armas em casa, tanto sob o ponto de vista das dificuldades administrativas para se adquirir uma arma quanto pelo peso financeiro: se alguém conseguir por milagre um porte ou um registro de arma, se desencorajará pelo que custam as taxas de registro e porte.

Temos, então, que foi a maior tolice da história do país: o povo decidiu contra o desarmamento e, ou ficou desarmado, ou será punido com cadeia se proceder de acordo com o resultado do plebiscito, isto é, se exercitar o direito de andar armado ou ter uma arma em casa.

Um absurdo real mas inacreditável.


Os defensores do desarmamento tinham como principal argumento o de que, tornando o porte e o registro de armas acessíveis aos cidadãos, os bandidos iriam ter armas à vontade para agir, bastaria que as roubassem dos cidadãos.

E o que se vê hoje é exatamente o contrário: a população encontra-se acuada para portar ou possuir armas - e os bandidos exibem arsenais.

Não se diga que é no Rio de Janeiro que se apreendem, metralhadoras, granadas, feixes de bananas de dinamite e fuzis. Armas privativas das Forças Armadas.

As metralhadoras que apreenderam no Rio de Janeiro são antiaéreas, nem as polícias as possuem.

Como é então? Quer dizer que os assaltantes e bandidos em geral, segundo os teóricos do desarmamento, iriam ser abastecidos pela população das armas que necessitassem para seus crimes.

É dos cidadãos que eles roubaram metralhadoras antiaéreas, dinamite, granadas e fuzis?

Contem outra lorota. Contem outra anedota, que nesta não deu para acreditar.

O povo, desarmado. Como queriam os desavisados teóricos do desarmamento. E os bandidos, armados até os dentes, com armas que jamais seriam alcançadas pelos cidadãos e que não são sequer portadas pela polícia. Armas de guerra.

Logo, aquela farsa de que os cidadãos é que terminam armando os bandidos caiu por terra. Rapidamente. Desandou e vai continuar desandando, em efeito dominó, todas as teses dos defensores do desarmamento.

E um comandante da Brigada Militar (RS), apavorado, como nós todos, com a supremacia dos assaltantes e bandidos sobre a polícia, veio a público pedir que a população reaja.

Reagir?

Concordamos, mas depressa nos forneçam de volta as armas. E nem precisamos de armas exclusivas das Forças Armadas.

Revolverzinhos já nos bastam.