terça-feira, 27 de janeiro de 2009

FUTURO

E o Serra quer ser nosso presidente.

Um portador entregou segunda-feira, dia 26 de janeiro, uma representação (texto abaixo) na sede da Polícia Federal, em São Paulo.


Quem recebeu foi D. Leonice, secretária do Superintendente da PF em São Paulo, Dr Leandro Daiello Coimbra.

A representação foi protocolada às 10H55M, sob o número 08500.000346/2009-25

""Exmo. Senhor
Superintendente da Polícia Federal no Estado de São PauloDelegado de Polícia Federal Leandro Daiello Coimbra
N E S T A

Senhor Superintendente,

Paulo Henrique Amorim, jornalista, … vem à presença de V.Exa. para expor e requerer o que segue:

O requerente e membros de sua família têm sofrido ações de espionagem, perseguição e grampo telefônico por parte de indivíduos que atuam a mando do banqueiro Daniel Valente Dantas e do governador José Serra. A ação desses indivíduos visa intimidar a atuação profissional do requerente, cuja cobertura jornalística noticia atos prejudiciais à sociedade praticados por Dantas e Serra.

Diante do exposto, e em atendimento à solicitação do Exmo. Ministro da Justiça, dr. Tarso Genro (conforme correspondência anexa) o requerente solicita de V.Exa. sejam adotadas as providências necessárias para apuração dos fatos e punição dos envolvidos.

São Paulo, 26 de janeiro de 2009

Paulo Henrique Amorim""

* * * *

"Estava passando por necessidades financeiras. Então, se colocasse o nome lá, R$ 20 (valor pago por mês) a mais me ajudaria. Meu salário era baixo. (...) Foi um momento de fraqueza. Jamais deveria ter feito isso, mas infelizmente não sei explicar pra ninguém o motivo."

Eurico Siqueira da Rosa, ex-coordenador do Bolsa Família em Antônio João (MS), sobre o fato de ter incluído o nome do gato da esposa em um cadastro do programa.

E

Pensando bem...

...se o Supremo der razão à Itália no caso do terrorista Cesare Battisti, como se espera, o governo Lula vai ficar numa toga justa...

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

ENFIM, A CRISE

A crise econômica mundial começa a mostrar seus efeitos no Brasil.

Trabalhadores estão fazendo acordos com representantes da indústria, do comércio e da agricultura, mediante os quais concordam com férias coletivas, banco de horas, suspensão do contrato de trabalho e até redução da jornada de trabalho com redução do salário, em troca da garantia do emprego. Os trabalhadores estão renunciando a direitos trabalhistas desde que sejam mantidos no emprego.

Não há pior notícia. Os trabalhadores pressentiram que serão atingidos pela crise e começam a se movimentar para que ela os atinja na menor proporção possível.


O desemprego cresce, as exportações diminuíram em cerca de 20% desde o início da crise. A General Motors, sem se importar com os lucros fabulosos que teve nos últimos anos, quando todos os recordes de produção foram batidos e com os benefícios fiscais que recebeu em dezembro, demitiu 802 trabalhadores temporários.

Outra montadora, a Volkswagen, e a siderúrgica Arcelor Mittal anunciaram a adoção de um programa de desligamento voluntário (PDV).E por aí se vão os primeiros sintomas da crise, que começaram com a flexibilização dos direitos trabalhistas, o punhal na garganta dos trabalhadores: ou cedem ou são degolados.E resta torcer para que os que cedem agora não sejam degolados mais tarde.

Não dá para se ter ilusões com o sistema capitalista. O pleno emprego só se manifesta com as empresas tendo lucros.


Se cessam ou diminuem os lucros das empresas, a equação lógica é de que as empresas diminuam o número de seus empregados.

Nem se poderia exigir que fosse o contrário. Os empregos são consequência direta dos investimentos e lucros das empresas. Querer que elas mantenham o mesmo número de empregados se foi diminuído o nível de sua produção é imaginar que as empresas, em período de crise, se transformariam em entidades de previdência.

Quando quem tem de assistir os trabalhadores e desempregados é o governo. Este, na recessão, perde por seu turno o seu poder de assistencialismo por recolher menos impostos. Estão aí todas as tintas para pintar um quadro dramático.

A ameaça da crise, aqui entre nós, foi suavizada pela ocorrência das festas de fim de ano e a perspectiva de Carnaval.


Mas os espíritos mais responsáveis sabiam que a recessão grave estava a passos largos e seus efeitos em seguida se fariam sentir.

O epicentro dos efeitos nefastos, segundo prognósticos seguros, se localizaria no primeiro trimestre de 2009.

Pois mesmo que a gente não se dê conta neste período em que todos se jogam às férias, estamos já no primeiro trimestre, começa a encher de preocupação todas as mentes a face ameaçadora da crise, tão mais perversa quando se pensa que nada de errado fizemos para pagar este tributo de horror.

Vamos pagar por pecados de outros.

E outros que sequer podemos identificar.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

PODER ÚNICO

A se crer no Correio Braziliense, Daniel Dantas recorreu ao STF para se valer do recesso. Dantas quer extinguir os dois processos que correm contra ele, derivados das Operações Chacal e Satiagraha.

E aproveitou-se da hora apropriada: quando o Presidente Supremo, Gilmar(u) Dantas, segundo Ricardo Noblat, governar imperialmente sobre o Judiciário e o Legislativo. (E, muitas vezes, como no caso do “chamar às falas”, sobre o Executivo.)

Tudo pode acontecer.

Pode acontecer, até, de o Supremo Presidente encerrar um processo judicial com uma liminar.

Pode até que o Presidente Supremo venha a extinguir os dois processos e, com isso, fechar o sistema judiciário do país.

Trancá-lo nas profundezas do Inferno. De onde o Judiciário brasileiro não sairá enquanto Cérbero não deixar.

O Presidente Supremo, na verdade, já anunciou seu voto em 9 mil 876 entrevistas: a Satiagraha está contaminada com o vírus da peste bubônica.

Ele, o Supremo, decidirá.

O Presidente Supremo tem nas mãos um AI-5.

E ele pode decidir como quiser. O que quiser.

E Ele não tem que dar satisfação a ninguém. (Muito menos ao Conselho Nacional de Justiça, que Ele controla com mão de ferro.)

Nos anos militares era melhor.

Porque se sabia o que dizia o AI-5. Estava escrito. Era público.

Agora, não.

Gilmar(u) Dantas, segundo Noblat, pode decidir o que bem entender, de acordo com a Lei que quiser.

Gilmar, Ele, na verdade, detém um conjunto interminável de decretos secretos.

Muito mais que os governantes militares.


E ninguém será capaz de suspeitar o que dizem esses decretos. Que permanecerão secretos quando for conhecida a decisão que Ele tomar.

O Supremo Presidente pode soltar, prender, abrir, fechar, trancar, excluir, demitir, contratar, depor, revogar, derrocar, destruir, destituir, exterminar, extinguir …

E de acordo com a lei que escolher.

Suas decisões são irrevogáveis, inapeláveis.

Enquanto isso, no Palácio do Planalto se ouve o som da lira de Nero.

***

O Correio Braziliense diz que o presidente em exercício do Supremo, Ministro Cezar Peluso, distribuiu os pleitos de Dantas à apreciação de dois Ministros: Eros Grau e Ellen Grace. Seria de bom alvitre se a Ministra Ellen Grace se declarasse impedida. É publico e notório – a revista Caras é um testemunho irremediável – que a Ministra tem um romance com o ex-jornalista e hoje lobbista Roberto D’Ávila, com quem passou as festas de fim de ano em Miami. E que Roberto D’Ávila aparece no relatório do ínclito delegado Protógenes Queiroz, na condição de prestador de serviços ao empresário Naji Nahas. Hummm....

sábado, 3 de janeiro de 2009

ENFIM 2009

Cinco previsões 'infalíveis' para 2009.
Pode cobrar!

1. Conforme alardeado por Lula, o Produto Interno Bruto crescerá 4% no próximo ano, desde que o percentual apurado não seja inferior;

2. É possível que Dilma Rousseff, a preferida de Lula, suba nas pesquisas. Isso, naturalmente, se ela não emPACar nos níveis atuais ou decrescer;

3. Pode ser que José Serra prevaleça como candidato oficial do PSDB à sucessão de Lula, na hipótese de não perder a vaga para Aécio Neves;

4. Michel Temer (PMDB-SP) pode mesmo ser eleito presidente da Câmara, contanto que não perca a vaga para nenhum outro candidato;

5. No Senado, Tião Viana (PT-AC) pode virar presidente. Diante da divisão do PMDB, é possível que o candidato petista se torne um fator de unificação dos partidos, desde que não divida, colocando a vitória em risco.

Como se vê, excluídos os inúmeros fatores que, por imprevisíveis, não se pode prever, 2009 será um ano muito previsível.

***


E a pergunta que não quer calar:

Porque comerciais de televisão da Sabesp, empresa pública de São Paulo, estão sendo veiculados em estados em que a Sabesp não distribui água: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Maranhão, Pará e Acre?

Por essa e outras que os eleitores de SP apelidaram o governador de José SerrAGIO. (ou será campanha eleitoral com dinheiro público?)


Pensando bem...

...Lula diz que nadou sem medo entre tubarões em Fernando de Noronha. Deve ser a afinidade com eles em Brasília...