segunda-feira, 27 de julho de 2009

O ÚLTIMO SUSPIRO DA GLOBO

De todos os jornais impressos – em vias de extinção, o Globo é o mais desatinado.
A “notícia” sobre os números da gripe suína chega a ser ridícula. O Globo e a Globo joga todas as fichas na crise com que pretende derrubar o Presidente Lula.

Qual crise?

Qualquer crise.

A do Sarney.
A da Petrobrás.
A gripe suína.
Qualquer uma serve.

Desde que o Presidente Lula caia. Ou não faça o sucessor.

Falta pouco para a eleição e o Globo e a elite branca (e separatista no caso de São Paulo) não têm candidato a Presidente da Republica.
E o que é pior: podem perder o centro de operações golpistas, o Governo de São Paulo, com a provável vitória de Ciro Gomes. Pela primeira vez, São Paulo deve vir a ter um governador de inclinação trabalhista – e isso se tornará possível com o descalabro que é a administração demo-tucana, por 15 anos.

O Globo e a elite branca não podem deixar a Dilma tomar posse, porque ela significa um prolongamento do Governo Lula, com um porrete na mão. Dilma não é Lula. Dilma não vai perder a oportunidade histórica que o Presidente Lula perdeu: apressar o fim e criar alternativa ao PiG – Partido da Imprensa Golpista.

Dilma vai para cima do PiG – é o que se deduz do que ela já fez com a Folha. Desmoralizou a Folha e a ficha policial fraudada. (O Presidente Lula engoliu tudo em seco, sem esboçar reação diante dos mais sórdidos ataques que sofreu do PiG )
Mas, a Globo, em especial, tem outro motivo para estar aflita. Nós éramos felizes e não sabíamos, disse, um dia, um diretor da Globo, ao se referir à chegada da internet.A hegemonia da Globo é uma questão de tempo.
No campo específico do mercado de televisão, ela passou a enfrentar um concorrente – a Record – que tem bala na agulha.
Por causa da Record, Silvio Santos resolveu também botar bala na agulha.
E a Globo sofre do mal que aflige todas as redes de televisão abertas no mundo: a iminente concorrência da televisão na internet.
A Globo detém entre 45 e 50% da audiência da tevê aberta brasileira. Com isso, ela detém entre 70 e 75% da publicidade da tevê aberta brasileira.
Se a TV é responsável por 50 de toda a verba de publicidade do Brasil, a TV Globo, uma UNICA empresa, controla entre 35 e 40% de toda indústria publicitária do país. Ou seja, com menos de 50% da audiência, ela põe no bolso – UMA ÚNICA EMPRESA – põe no bolso R$ 0,35 de cada R$ 1 investido em publicidade no país.

Isso só é possível na subdemocracia brasileira.
E nenhuma nova democracia do mundo – com exceção da Rússia, talvez – ocorre essa concentração.
Isso só é possível porque o Legislativo, o Executivo e o Judiciário tem medo da Globo.
Quando o Supremo Presidente “Gilmar Dantas” tomou posse na Suprema Presidência do Supremo, quem estava na primeira fila, em posição proeminente, era um dos filhos do Roberto Marinho.

No dia seguinte à vitória na eleição de 2002 (quando deu uma surra no Serra por 61% a 39%) o Presidente eleito Lula ancorou o jornal nacional.
O chefe do lobby da Globo em Brasília, Evandro Guimarães, atende no Congresso pelo nome de “Senador Evandro”.
Muitas das leis que regem a indústria de comunicação no Brasil são de sua autoria, ainda que assinadas por insignes congressistas (de quase todos os partidos).
O problema da Globo, neste momento, não é apenas a falta de candidato.
(A relação dos filhos do Roberto Marinho – eles não tem nome próprio – com o Zé Pedágio é estrutural, genética.)
O problema é que Zé Pedágio não ganha.
(Nassif acha que ele apanha se for candidato a Presidente.)
Aliás, a Dilma deve achar que ele é o adversário ideal – para perder.
Como o Dr. Tancredo sempre achou que outro paulista, o Maluf, era o candidato ideal – para perder.

Neste momento, o desespero da Globo se deve, também, à Conferência da Comunicação marcada para 1º. de dezembro. É uma conferência para discutir tudo sobre comunicação. Com membros de diversos setores da sociedade brasileira. De onde pode sair uma legislação do tipo “Lei da Comunicação de Massa”, que Sergio Motta começou a redigir, Fernando Henrique jogou fora depois que ele morreu, e nunca o Presidente Lula tratou de ressuscitá-la. O projeto de Lei de Comunicação de Massa não tem nada que já não exista na legislação americana, onde prevalece um regime de concorrência privada na televisão e onde o capitalismo é ainda mais selvagem do que aqui.

A Globo teme que depois da Record, do novo SBT, e da internet ainda venha alguém com uma idéia de jerico para contestar a hegemonia obscena que ela detém no mercado brasileiro.
E o perigo de a internet se anabolizar com o dinheiro das teles ?
E aparecer vídeo em celular e em computador e o “Caminho das Índias” virar commodity.
A Globo não resiste ao YouTube.Os custos fixos da Globo exigem que ela detenha 70, 75% da verba de publicidade do Brasil.
É por isso que o Globo e a Globo estão desesperados.
E dizem que o Governo não sabe contar os mortos da gripe suína …

O que pode sair de uma Conferencia da Comunicação num ambiente eleitoral ?
O Globo, o PiG e a elite branca estavam acostumados a fazer a agenda do país.
Determinar o que estava na pauta e o que não poderia entrar em pauta. O queda do muro do neoliberalismo, o Governo Lula e a internet mudaram a pauta. E se vier uma nova pauta para a indústria da comunicação ?
Uma que nem o Senador Evandro seja capaz de segurar ?

Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O ÚLTIMO SUSPIRO DE SERRA

Entenda melhor o que está por trás dessa escalada de CPIs, escândalos e tapiocas da mídia.

A candidatura José Serra naufragou. Seus eleitores ainda não sabem, seus aliados desconfiam, Serra está quase convencido, mas naufragou.

Política e economia têm pontos em comum. Algumas forças determinam o rumo do processo, que ganha uma dinâmica que a maioria das pessoas demora em perceber. Depois, torna-se quase impossível reverter, a não ser por alguma hecatombe – um grande escândalo.

O início da derrocada

O início da derrocada de Serra ocorreu simultaneamente com sua posse como novo governador de São Paulo. Oportunamente abordarei as razões desse fracasso.

Basicamente:

1. O estilo autoritário-centralizador e a falta de punch para a gestão. O Serra do Ministério da Saúde cedeu lugar a um político vazio, obcecado com a política rasteira. Seu tempo é utilizado para planejar maldades, utilizar a mão-de-gato para atingir adversários, jornalistas atacando colegas e adversários e sua tropa de choque atuando permanentemente para desestabilizar o governo.

2. Fechou-se a qualquer demanda da sociedade, de empresários, trabalhadores ou movimentos sociais.

3. Trocou programas e ideias pelo modo tradicional de fazer política: grandes gastos publicitários, obras viárias, intervenções suspeitíssimas no zoneamento municipal (comandado por Andrea Matarazzo), personalismo absurdo, a ponto de esconder o trabalho individual de cada secretário, uso de verbas da educação para agradar jornais. Ao contrário de Franco Montoro, apesar de ter alguns pesos-pesados em seu secretariado, só Serra aparece. Em vez de um estado-maior, passou a comandar um exército de cabos e sargentos em que só o general pode se pronunciar.

4. Abandonando qualquer veleidade de inovar na gestão, qual a marca de Serra? Perdeu a de bom gestor, perdeu a do sujeito aberto ao contato com linhas de pensamento diversas (que consolidou na Saúde), firmou a de um autoritário ameaçador (vide as pressões constantes sobre qualquer jornalista que ouse lhe fazer uma crítica).

5. No meio empresarial (indústria, construção civil), perdeu boa parte da base de apoio. O mercado o encara com um pé atrás. Setores industriais conseguem portas abertas para dialogar no governo federal, mas não são sequer recebidos no estadual. Há uma expectativa latente de guerra permanente com os movimentos sociais. Sobraram, para sua base de apoio, a mídia velha e alguns grandes grupos empresariais de São Paulo – mas que também (os grupos) vêem a candidatura Dilma Rousseff com bons olhos.

A rede de interesses

O PSDB já sabe que o único candidato capaz de surpreender na campanha é Aécio Neves. Deixou marca de boa gestão, mostrou espírito conciliador, tem-se apresentado como continuidade aprimorada do governo Lula – não como um governo de ruptura, imagem que pegou em Serra.

Será bem sucedido? Provavelmente não. Entre a herança autêntica de Lula – Dilma – e o genérico – Aécio – o eleitor ficará com o autêntico. Além disso, se Serra se tornou uma incógnita em relação ao financismo da economia, Aécio é uma certeza: com ele, voltaria com tudo o estilo Malan-Armínio de política econômica, momentaneamente derrotado pela crise global. Mas, em caso de qualquer desgaste maior da candidatura oficial, quem tem muito mais probabilidade de se beneficiar é Aécio, que representa o novo, não Serra, que passou a encarnar o velho.

Acontece que Serra tem três trunfos que estão amarrando o PSDB ao abraço de afogado com ele.

O primeiro, caixa fornida para bancar campanhas de aliados. O segundo, o controle da Executiva do partido. O terceiro, o apoio (até agora irrestrito) da mídia, que sonha com o salvador que, eleito, barrará a entrada de novos competidores no mercado.

Se desiste da candidatura, todos os que passaram a orbitar em torno dele terão trabalho redobrado para se recolocarem ante outro candidato. Os que deram apoio de primeira hora sempre terão a preferência.

Fica-se, então, nessa, de apelar para os escândalos como último recurso capaz de inverter a dinâmica descendente de sua candidatura. E aí sobressai o pior de Serra.

Ressuscitando o caso Lunus

Em 2002, por exemplo, a candidatura Roseana Sarney estava ganhando essa dinâmica de crescimento. Ganhara a simpatia da mídia, o mercado ainda não confiava em Serra. Mas não tinha consistência. Não havia uma base orgânica garantindo-a junto à mídia e ao eleitorado do centro-sul. E havia a herança Sarney.

Serra acionou, então, o Delegado Federal Marcelo Itagiba, procuradores de sua confiança no episódio que ficou conhecido como Caso Lunus – um flagrante sobre contribuições de campanha, fartamente divulgado pelo Jornal Nacional. Matou a candidatura Roseana. Ficou com a imagem de um chefe de KGB.

A dinâmica atual da candidatura Dilma Rousseff é muito mais sólida que a de Roseana.

1. É apoiada pelo mais popular presidente da história moderna do país.

2. Fixou imagem de boa gestora. Conquistou diversos setores empresariais colocando-se à disposição para conversas e soluções. O Plano Habitacional saiu dessas conversas.

3. Dilma avança sobre as bases empresariais de Serra, e Serra se indispôs com todos os movimentos sociais por seu estilo autoritário.

4. Grande parte dessa loucura midiática de pretender desestabilizar o governo se deve ao receio de que Dilma não tenha o mesmo comportamento pacífico de Lula quando atacada. Mas ela tem acenado para a mídia, mostrando-se disposta a uma convivência pacífica. Não se sabe até que ponto será bem sucedida, mas mostrou jogo de cintura. Já Serra, embora tenha fechado com os proprietários de grupos de mídia, tem assustado cada vez mais com sua obsessão em pedir a cabeça de jornalistas, retaliar, responder agressivamente a qualquer crítica, por mais amena que seja. Se já tinha pendores autoritários, o exercício da governança de São Paulo mexeu definitivamente com sua cabeça. No poder, não terá a bonomia de FHC ou de Lula para encarar qualquer crítica da mídia ou de outros setores da economia.

5. A grande aposta de Serra – o agravamento da crise – não se confirmou. 2010 promete ser um ano de crescimento razoável.

Com esse quadro desfavorável, decidiu-se apertar o botão vermelho da CPI da Petrobrás.

O caso Petrobras

Com a CPI da Petrobras todos perderão, especialmente a empresa. Há um vasto acervo de escândalos escondidos do governo FHC, da passagem de Joel Rennó na presidência, aos gastos de marketing especialmente no período final do governo FHC.

Todos esses fatos foram escondidos devido ao acordo celebrado entre FHC e José Dirceu, visando garantir a governabilidade para Lula no início de seu governo. A um escândalo, real ou imaginário, aqui se devolverá um escândalo lá. A mídia perdeu o monopólio da escandalização. Até que grau de fervura ambos os lados suportarão? Lá sei eu.

O que dá para prever é que essa guerra poderá impor perdas para o governo; mas não haverá a menor possibilidade de Serra se beneficiar. Apenas consolidará a convicção de que, com ele presidente, se terá um país conflagrado.

Dependendo da CPI da Petrobras, aguarde nos próximos meses uma virada gradual da mídia e de seus aliados em direção a Aécio. LUIZ NASSIF.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

TORTURA AUTORIZADA

A Casa Branca divulgou os mais eloquentes memorandos governamentais sobre as técnicas de interrogatório a presos de guerra, aconselhadas para obter confissões dos prisioneiros depois da queda das duas torres gêmeas. É com certeza uma das mais perversas chagas do regime democrático norte-americano, proclamado como o menos imperfeito do mundo.

Uma das técnicas de interrogatório permitidas e oficialmente aconselhadas pelo governo americano é a “simulação de afogamento”. É bom que se frise que só era simulação para os torturadores. Porque os presos não podem saber que é uma simulação lançá-los ao mar, amarrados, mantendo-os submersos, para içá-los quando seus pulmões estão prestes a estourar.

Depois dessa tortura cruel, ante a possibilidade de voltarem a ser submetidos a elas se não confessassem o que pretendiam os verdugos, os presos obviamente cediam aos torturadores, declarando o que eles bem entendessem. É impressionante o rol de torturas autorizado pelo governo.

Os interrogadores tiveram licença para jogar água sobre os suspeitos, confiná-los em caixas para dentro das quais eram jogados insetos que picavam os torturados. Imaginem uma pessoa presa dentro de um cubículo estreito, submetida à sanha de insetos picadores. Além dessas práticas, foram autorizados “tapas de insulto”. Ou seja, insistentes tapas no rosto e no abdome do suspeito, com o fim de minar-lhe a estrutura moral.

Outra submissão oficializada pelo governo Bush era a colocação do suspeito em posição estressante, por oito horas a fio, qual seja apoiado a uma parede, em posição de revista. Outra técnica de interrogatório severo era submeter os presos a ambientes com altas temperaturas, verdadeiros simulacros dos fornos crematórios em que foram mortos os judeus na II Guerra Mundial.

Os memorandos autorizavam os torturadores a mesclar os diversos métodos de tortura, com a finalidade de obter os resultados mais eficazes. Um dos memorandos foi muito claro ao autodeclarar-se como autorização legal para o uso daquelas técnicas de interrogatórios propostas pela CIA.

A tortura existe desde os primórdios do homem sobre a Terra.

O que aturde o mundo civilizado é que em pleno século 21 a maior nação do mundo tenha criado um código oficial de torturas, permissivo e autorizativo, não só com o beneplácito, mas com a marca autoral do governo norte-americano. Na relação das torturas que deviam ser infligidas aos prisioneiros, estão carimbadas as impressões digitais do governo Bush, o que por si só poderia levar o ex-presidente ao banco dos réus de qualquer tribunal internacional de penas.

Não me sai da cabeça esse episódio como uma das maiores chagas que foram presenciadas pela humanidade nos últimos tempos.

Barack Obama decidiu que não irá processar os torturadores, até mesmo porque eles receberam ordens do governo para torturar, o que ocasionaria imensas discussões sobre a obediência fiel a descaraterizar as culpas.

Mas Bush não foi obediente a ninguém, pelo que tinha de ser julgado por essas nojentas monstruosidades.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

PLANO REAL

Em outro enfadonho artigo dominical – pág. 2 do Estadão –, o Farol de Alexandria (FHC), aquele que lançava luzes sobre a Antiguidade e desapareceu num terremoto, escreveu sobre “O Pós Real”.


Trata-se de um conjunto de obviedades, construídas naquele estilo “bloated”, besuntado, que não se deixa atravessar por um único raio de sol ou talento.

Como se sabe, FHC passou oito anos no Governo e não construiu uma única metáfora.

O interessante do artigo é o que ele NÃO diz. O Farol avisa logo que não vai falar da origem do Real. Dos ‘longínquos’ tempos de 1994. Como se recorda Rubens Ricupero, na pág. B2 da Folha (*) de 05 JUL, foi em 1º. de julho de 1994 que o Presidente Itamar Franco lançou o Real. O Ministro da Fazenda era Ricupero, que substituiu Fernando Henrique. Ricupero conta que quando FHC saiu em abril e ele assumiu, “não havia data prevista para o lançamento da moeda. Nem existia consenso sobre o tempo necessário para fazê-lo com segurança.”

Ou seja, FHC deixou um Real inacabado, um projeto que poderia não dar em nada.

Hoje, no Estadão, FHC foge do assunto, porque não consegue mais – quinze anos depois do lançamento do Real – apropriar-se do Plano, como se fosse dele e de mais ninguém.

Porque o Plano deu certo.

Se não tivesse sido lançado, ou se, lançado, resultasse num fracasso – como previu, desde o início, José Serra -, FHC não ia querer ser pai do monstro…

Diplomata, Ricupero diz que o Real é obra de três presidentes. De Itamar, que o lançou. De FHC que lhe deu continuidade.

E de Lula, que fez o mesmo.

Se os tucanos acusam Lula de não ter feito nada de bom; e a única coisa boa que fez foi preservar o Real, na mesma de raciocínio se pode dizer que a maior virtude de FHC foi preservar o Plano econômico do antecessor.

Como diz Mauricio Dias, quem lançou o Cruzeiro ? O Dr. Getulio.

Quem era o Ministro da Fazenda ?

Ninguém sabe – o Cruzeiro é do Presidente Vargas. Logo, o Real é do Itamar e, não, de seus ministros da Fazenda (entre eles, Farol) …

Mas, os tucanos são assim.

Zé Pedágio (José Serra), por exemplo, quis tomar os genéricos de Jamil Haddad, ministro da Saúde de Itamar, mas a blogosfera não deixou…

(*) Folha é aquele jornal que, nos anos militares, emprestava os carros de reportagem aos torturadores. Hoje, o ombudsman da Folha – pág. A6 -, até ele, se mostra irritado com a recusa da Folha em confessar que fraudou a ficha policial da Dilma Rousseff. Não adianta, a Folha vai para o tumulo com essa ficha a cobrir o caixão …