segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

DESARMADOS

Eu não tinha me apercebido, mas após mais um assassinato que me dei conta: foi votado um plebiscito no Brasil, pediram ao povo que opinasse se queria o desarmamento ou não.

E o que aconteceu: o povo decidiu que não queria o desarmamento.

E o que o povo decide num plebiscito é soberano, nada pode anular a decisão popular, todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido, como reza a Constituição.

Mas na verdade está acontecendo exatamente o que o povo repudiou no plebiscito, está acontecendo o desarmamento.

Quem tem armas em casa está sujeito a ser preso. Só pode ter armas escondidas.

Porque é proibido portar ou ter armas em casa, tanto sob o ponto de vista das dificuldades administrativas para se adquirir uma arma quanto pelo peso financeiro: se alguém conseguir por milagre um porte ou um registro de arma, se desencorajará pelo que custam as taxas de registro e porte.

Temos, então, que foi a maior tolice da história do país: o povo decidiu contra o desarmamento e, ou ficou desarmado, ou será punido com cadeia se proceder de acordo com o resultado do plebiscito, isto é, se exercitar o direito de andar armado ou ter uma arma em casa.

Um absurdo real mas inacreditável.


Os defensores do desarmamento tinham como principal argumento o de que, tornando o porte e o registro de armas acessíveis aos cidadãos, os bandidos iriam ter armas à vontade para agir, bastaria que as roubassem dos cidadãos.

E o que se vê hoje é exatamente o contrário: a população encontra-se acuada para portar ou possuir armas - e os bandidos exibem arsenais.

Não se diga que é no Rio de Janeiro que se apreendem, metralhadoras, granadas, feixes de bananas de dinamite e fuzis. Armas privativas das Forças Armadas.

As metralhadoras que apreenderam no Rio de Janeiro são antiaéreas, nem as polícias as possuem.

Como é então? Quer dizer que os assaltantes e bandidos em geral, segundo os teóricos do desarmamento, iriam ser abastecidos pela população das armas que necessitassem para seus crimes.

É dos cidadãos que eles roubaram metralhadoras antiaéreas, dinamite, granadas e fuzis?

Contem outra lorota. Contem outra anedota, que nesta não deu para acreditar.

O povo, desarmado. Como queriam os desavisados teóricos do desarmamento. E os bandidos, armados até os dentes, com armas que jamais seriam alcançadas pelos cidadãos e que não são sequer portadas pela polícia. Armas de guerra.

Logo, aquela farsa de que os cidadãos é que terminam armando os bandidos caiu por terra. Rapidamente. Desandou e vai continuar desandando, em efeito dominó, todas as teses dos defensores do desarmamento.

E um comandante da Brigada Militar (RS), apavorado, como nós todos, com a supremacia dos assaltantes e bandidos sobre a polícia, veio a público pedir que a população reaja.

Reagir?

Concordamos, mas depressa nos forneçam de volta as armas. E nem precisamos de armas exclusivas das Forças Armadas.

Revolverzinhos já nos bastam.

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