segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SAFADEZA CRUZADA

O 1º secretário da Câmara, Osmar Serraglio (PMDB-PR), está de olho no nepotismo cruzado, em que deputados empregam parentes um do outro.

O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) vai sugerir ao Senado a criação de cotas para familiares em cargos de confiança. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou a súmula que proíbe o nepotismo nos Três Poderes. Mozarildo que apresentar uma proposta com uma “legislação mais flexível” sobre a proibição abrindo vaga no serviço público para “parentes com reais qualificações”. O objetivo seria mudar a súmula por meio de Proposta de Emenda à Constituição, incluindo as cotas. Mas, enquanto o projeto ainda é elaborado, o parlamentar terá que demitir os seus familiares dos cargos de confiança.
Cabidebrás

Parentes de políticos que perderão bocas-livres nem esquentam: haverá “cabides” para todos na estatal que vai explorar petróleo do pré-sal.

Listão do nepotismo

A relação de deputados com parentes a serem demitidos, na Câmara, não pára de crescer. A última contagem chegava a trinta parlamentares.

Menos nomes

É menor a lista de senadores com parentes nos próprios gabinetes. Por enquanto quatro, incluindo Garibaldi Alves (RN) e Efraim Morais (PB).
Perguntar não demite

Será que vão criar a Parental, estatal para abrigar a extensa fila de parentes neodesempregados de políticos?

Pensando bem...

...pior que demitir parente é mandar levar quentinha para ele na delegacia.

Anões

O secretário nacional de Assuntos Institucionais do PT, Romênio Pereira, não é parente do ex-dirigente petista Silvinho Pereira, mas está igualmente encalacrado em denúncias de corrupção. Ele é investigado pela Polícia Federal na Operação João de Barro, que apura desvios de mais de R$ 700 milhões em obras federais. A investigação da PF sugere um esquema que lembra os “anões do Orçamento”, mais sofisticado. Reportagem de Alan Rodrigues e Rudolfo Lago na revista IstoÉ desta semana revela todos os detalhes da Operação João de Barro, da PF.

Não custa lembrar

Em época de eleições ressurgem as promessas (impossíveis de serem cumpridas):
“Pedágio: ou abaixa ou acaba.”
“Internet grátis para todos.”

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