“Espetacularização”.
“Vazamento”.
“Desmandos”.
“Estado policial”.
O Estadão promoveu um debate sobre o “Estado de Direito” em que o Supremo Presidente do Supremo Tribunal Federal e o Ministro da Justiça (?) assumiram a liderança do combate aos que combatem os crimes de “colarinho branco”.
“Tráfico de drogas”.
“Contrabando” na Amazônia.
É aí que o Ministro da Justiça (?) vai reforçar o pessoal da Polícia Federal, que, um dia, por breve período, foi Republicana.
O debate teve como objetivo implícito esvaziar a Operação Satiagraha. E impedir que novas operações do tipo se realizem.
A “elite branca” (e separatista, no caso de São Paulo) se organiza, se arma para impedir que os criminosos de colarinho branco sejam vítimas de “espetacularização”, “vazamento”, “excessos”.
“Espetacularização” é branco e rico ser algemado.
“Vazamento” é um instrumento da imprensa e de servidores públicos de se chegar ao Estado de Direito.
Sem “vazamento” não haveria “Papéis do Pentágono”, nem o “Garganta Profunda”, que vazou informações do FBI e ajudou a imprensa a derrubar o Presidente Nixon, com o escândalo de Watergate.
Acabar com o vazamento é tão difícil quanto fazer o Supremo Tribunal Federal condenar um rico.
“Desmando” é policial federal prender branco e rico.
Essa é a tradução das palavras centrais desse debate hipócrita, em nome do “Estado de Direito”. Todo esse alarido é resultado de o Dr. Protógenes Queiroz ter enfiado a mão no câncer da Nova República.
Daniel Dantas corrompeu metade do Brasil.
De Fernando Henrique Cardoso ao Presidente que tem medo, Luiz Inácio Lula da Silva.
Vejam só como é possível o Instituto Fernando Henrique Cardoso aplicar dinheiro no banco de um quadrilheiro ?
É provável que o “vazamento” de partes da Operação Satiagraha se deva ao fato de o Delegado Protógenes Queiroz ter feito uma investigação CONTRA a estrutura da Polícia Federal que, se pudesse, desde a queda do Dr. Paulo Lacerda, abafava os crimes de Daniel Dantas.
Sobre o “Estado policial” – de fato, vivemos num “Estado policial”, que cria as condições de arbitrariedade e desigualdade que levam à facilidade para que “as organizações criminosas possuam estrutura para colocar bandidos no vértice da estrutura estatal”, como disse o famoso Delegado Protógenes Queiroz, em entrevista à Folha (da Tarde *), de domingo.
O Supremo Presidente e o Ministro da Justiça podem dizer o que quiserem – o relatório do Delegado Queiroz está pronto. Está nas mãos da Justiça e do Ministério Público.
Quem tiver que ir em cana irá.
Em tempo: não fossem os sotaques diferentes, seria impossível distinguir as idéias de ministro Genro das do Supremo Presidente...
O Supremo Presidente, sem dúvida, assumiu de vez o Executivo e o Judiciativo.
É ele quem faz as leis e diz se elas são lei ...
Em tempo 2: O Marcola e o Fernadinho Beira-Mar acompanharam atentamente as observações do Ministro da Justiça e do Supremo Presidente. Marcola e Fernandinho gostaram muito dos temas da “espetacularização” e do controle das escutas telefônicas (quanto menos, melhor !).
Adoraram !
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