quarta-feira, 30 de abril de 2008

COLUNA DO DIA 30 ABR 08 - NOSSA FOLHA

Arquivo vivo?

A esperada extradição do ex-banqueiro Salvatore Cacciola está deixando políticos de cabelo e orelhas em pé com temores de “delação premiada”. Ex-dono no banco Marka, ele protagonizou um dos momentos mais críticos do governo Fernando Henrique Cardoso, em janeiro de 1999, quando ocorreu rombo de R$ 1,5 bilhão ao Banco Central. Desde sua prisão em setembro de 2007, alguns políticos brasileiros, principalmente do PSDB, têm recebido recados ameaçadores por meio de pessoas próximas ao ex-banqueiro. Como diria Silvio Santos: Aguardemmmm....

E o pé-frio Lula: ganhou uma camiseta da macaca (Ponte Preta) e lascou: “O Palmeiras vai ser campeão!” Depois disso não tenho mais dúvidas.


O diretório municipal do PT de Belo Horizonte manteve a decisão de se aliar ao Governador Aécio Neves, do PSDB. Só quem acreditou que isso não aconteceria foram o “presidente eleito” José Serra e seus colonistas da imprensa paulista + Globo.

O PT de Minas se livrou do PT de São Paulo. É o que na devida hora fará o PSDB: livrar-se do PSDB de São Paulo. Afinal São Paulo não faz o sucessor de Lula. Seja ele do PT, seja do PSDB.

Como existe um Brasil fora de São Paulo e como os brasileiros fora de São Paulo não agüentam mais a hegemonia política e econômica de São Paulo, é mais fácil eleger um poste do que um paulista em 2010.

Os colonistas de SP+Globo precisam, agora, reavaliar o que disseram sobre a genialidade de José Serra, que fez uma histórica aliança com o estadista Orestes Quércia, detentor de 4,5% dos votos para governador de São Paulo na última eleição.

E como costuma dizer FHC, José Serra tem uma especial predileção por minorias. É bom lembrar que, segundo os estadistas do DEM Rodrigo Maia e ACM Neto, o problema de Serra é que ele precisa ser mais popular.

O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro Gilmar Mendes, não é candidato a Ministro da Justiça de José Serra. Gilmar Mendes é candidato a Presidente da República.

Ao tomar posse – e na subseqüente e inútil entrevista coletiva – Mendes falou mal das Medidas Provisórias e do MST – assuntos que lhe dizem respeito tanto quanto o formato do “Aprendiz 5”, de Roberto Justus.

Colonistas da imprensa paulista + Globo informaram neste fim de semana que Gilmar Mendes gostaria muito de ter votado a devolução dos atletas cubanos que vieram ao Pan Americano.

Gilmar Mendes não falou dos 10 mil processos que não relatou e deixou de herança para Ellen Gracie, que reassume uma cadeira no Supremo.
Não falou da lentidão da Justiça. Da corrupção na Justiça. Da opção preferencial da Justiça, especialmente o Supremo, pelos ricos.

Gilmar Mendes tem uma agenda de candidato a Presidente. Desde Francisco Rezek, que foi presidente do TSE e de lá saiu Ministro do Presidente Collor, o Supremo se transformou em trampolim.

E, como a primeira impressão é a que fica, Gilmar Mendes já demonstrou, com uma semana no cargo, que pensa mais alto. Diante do vazio de quadros políticos na corrente conservadora – ou em qualquer corrente –, por que não Gilmar Mendes?

Ele não é paulista – o que já um atributo. Não é do PSDB – o que é outro atributo, porque o PSDB de São Paulo jogou o PSDB no colo da direita, ou seja, do DEM. Ele não é do PT. E o PT, como se sabe, não manda nem no PT de Belo Horizonte...

E Gilmar Mendes tem o apoio incondicional da imprensa paulista + Globo.
Afinal, Mendes é um Marco Aurélio de Mello melhorado!

Em tempo: A pesquisa CNT/Sensus divulgada 2ª mostra que 50,4% dos entrevistados são a favor de alterar a Constituição para que o presidente Lula seja reeleito pela segunda vez. Os que são contrários a esta medida correspondem a 45,4% dos pesquisados.

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