quarta-feira, 23 de abril de 2008

COLUNA DO DIA 23 ABR 08 - NOSSA FOLHA

O fim da História.
O papa Bento XVI de deixa Washington, onde foi recebido pelo presidente George W. Bush.O certo é que não tivesse feito essa visita.
Não tivesse pisado na Casa Branca, em protesto pelas violentas violações dos direitos humanos da nação norte-americana na invasão do Iraque, contra prisioneiros de guerra e terroristas.O mais certo ainda seria que todas as igrejas cristãs do mundo, inclusive as norte-americanas, lançassem um manifesto contra aquelas bárbaras violações.
O Papa preferiu, no seu discurso da Casa Branca, apelar para Bush no sentido de que os EUA continuem tratando de solucionar conflitos com "o apoio paciente da diplomacia internacional".Visivelmente, o Papa estava, nas cerimônias todas de que foi alvo na Casa Branca, engasgado com o patrocínio de Bush aos métodos desumanos utilizados pelas forças armadas americanas e presenciados pelo mundo inteiro na repressão aos prisioneiros iraquianos, maneira dissuasória encontrada para reprimir a insurgência.
Para falar mais claro, repugna a consciência cristã e civilizada do mundo que se tenha instituído pelos EUA, no governo Bush, o método da tortura como auxiliar da força bélica, tentando vencer o adversário tanto pelos canhões quanto pela dor física imposta aos inimigos nos interrogatórios.Nunca a civilização moderna desceu tanto novamente aos padrões de barbarismo dos séculos e milênios passados como quando George W. Bush arrancou do Congresso e da sua nação a autorização para torturar prisioneiros, sob a chantagem de que só assim a guerra ou invasão poderiam se tornar vencedoras.
Essa escuridão civilizatória envergonha, assusta e desanima o mundo. São séculos e séculos de retrocesso, lançados à humanidade, estes, sim, como um terrorismo, sob a ameaça de que, não fosse concedida a tortura como única maneira de vencer o inimigo, os EUA corriam perigo em sua sobrevivência.Se já a tortura como prática criminosa, praticada por cidadãos comuns, é repugnante, imaginem essa situação que vivemos hoje, quando o Estado norte-americano tem meios legais para exercitá-la, com todos os poderes que possui, sem limitações, sem repressão e com ciência meticulosa para sua prática.É o fim do mundo. É o absurdo dos absurdos, o cúmulo dos cúmulos.
Não pode a lei que autoriza a tortura ser erigida destruindo outras leis.Autorizar pelo Congresso e pela Justiça norte-americanas que possam prisioneiros de guerra e acusados de terrorismo ser submetidos a afogamentos simulados e outros métodos de tortura é espalhar pelo mundo a inspiração a esses crimes, incentivando nações, etnias, agrupamentos e aglomerações, além de indivíduos em separado a cometer os mesmos atos reprováveis.É uma catástrofe moral. É um regresso ético incomparável.É um abismo na consciência universal. É o predomínio da selvageria. É um desastre ecológico.É um atentado aos mártires, aos profetas, aos filósofos e aos gênios.É um incêndio na cultura. E, principalmente, é a volta de tudo que a Antigüidade sujou na História. (Paulo Santana)


E por fim: o senador Álvaro Dias declarou ser da ELITE. E posso provar. Quem quiser: Revista Istoé, edição 2006, página 11.

E os “pobres” paranaenses votam nele...

O que devo fazer?
Alguns leitores (?) querem que aumente a coluna. Tenho minhas dúvidas. Semana retrasada cometi diversos erros de português e ninguém se manifestou. Será que alguém lê esta coluna?

Um comentário:

vivi disse...

Eu leio sua coluna,muito boa por sinal, poooode aumentar.