O PT ainda não saiu do divã.
Não bastassem as derrotas em grandes colégios eleitorais, como São Paulo e Porto Alegre, a agilidade imposta pela oposição à corrida pela sucessão de Lula desnorteou o partido do governo.
Sem um candidato natural após seis anos administrando o país, os petistas correm contra o tempo.
Além de construir um concorrente competitivo o suficiente para abater o governador José Serra, o PT sabe que precisa reconquistar uma parcela do eleitorado a classe média.Com fama de boa gestora e intolerante com a corrupção, Dilma Rousseff larga na frente, apoiada na preferência de Lula.
Reunido recentemente, o diretório nacional do PT, contudo, não quis cravar que a candidata será a ministra-chefe da Casa Civil. Mas ninguém acredita em outra opção.
O mesmo ocorre na trincheira oposta. Embora Aécio Neves mantenha aspirações ao Planalto, Serra é quase imbatível numa disputa interna.Com o emparelhamento entre Serra e Dilma praticamente definido, o debate em torno de 2010 está na esquina.
Daqui para frente, o PT vai investir seus esforços na aliança com o PMDB, mesmo sabendo que pode ser abandonado no altar.
A ordem do Planalto é evitar atritos com o aliado. Lula mais do que ninguém sabe que Dilma precisa do tempo de TV e da estrutura partidária do PMDB.
Ao PT resta ir a reboque das vontades do presidente, que deseja inclusive escolher o próximo presidente do partido.
Lula quer no cargo ninguém menos que seu chefe de gabinete, Gilberto Carvalho. Afinal, será o novo presidente do PT o responsável pela condução da campanha.
E Lula não quer surpresas.
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Perón saiu da cadeia para assumir a presidência.
Chavez saiu da cadeia para assumir a presidência.
A imprensa elitista (Globo+SP), Gilmar Mendes, a Polícia Federal e o governo do Presidente Lula querem botar o ínclito delegado Protógenes Queiroz na cadeia.
Na sua infinita cegueira, eles não se dão conta da ramificação política.
Tomara que prendam o Protógenes.
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