A eleição no Brasil é entre a Dilma e o PiG (*).
A 12 dias da eleição, Dilma perdeu a paciência e foi para a jugular do Otavinho. Desde Leonel Brizola que não se vê um homem público enfrentar o PiG (*) com essa coragem.
O Otavinho não perde por esperar.
O Otavinho manipula escandalosamente.
Segunda de manhã (20), Dilma deu uma entrevista indignada com a sujeira da Folha.
Dá-lhe! É assim que a gente faz com gente de má-fé. Isso é coisa de quem tem caráter, não bi-bi-bi de quem não tem uma vida honrada a zelar. Dilma é mineira, mas segunda, dia da Revolução dos Farrapos, mostra que tem os sentimentos que os gaúchos tanto prezam, o da honra e o da dignidade.
Nos EUA, Barack Obama pendurou o guiso no gato já há algum tempo. Lá, a assessoria do presidente colou na FOX o rótulo de “braço midiático do Partido Republicano”.
Segunda-feira, o jornal da família Frias teve o seu dia de FOX. Dilma bateu pesado na “Folha”. É o troco, depois de dias e dias de uma campanha unilateral. Aliás, são meses de deturpações e cobertura enviesada.
Começou lá atrás, com a ficha falsa na primeira página (lembram? E não se desculparam).
Seguiu com a manchete tosca sobre o aumento da conta de luz “por culpa de Dilma” (tão tosca que fez a “Folha” ir parar nos trendtopics do twitter, como exemplo mundial de manipulação). Nas últimas duas semanas, diante do aturdimento de Serra – incapaz de traçar uma linha para sua campanha – a velha mídia assumiu o comando da oposição.
Cumpriu-se, assim, na prática, o que Judith Brito (presidenta da ANJ – Associação Nacional dos Jornais) já havia vaticinado: “a imprensa é o verdadeiro partido de oposição no Brasil.”
A imprensa tem, sim, o dever óbvio de investigar e denunciar.
Não vejo nada de errado nisso.
A situação absurda, no Brasil, é que as denúncias são sempre unilaterais. Só existem escândalos federais no Brasil, há quase 8 anos.
O ímpeto investigativo dos jornais não se volta – jamais – contra os tucanos. Explica-se: os tucanos garantem polpudos recursos para a velha mídia, com a assinatura de jornais para as escolas paulistas.
A velha mídia tenta criar um “Mar de Lama” contra o lulismo. Como Lacerda fez contra Vargas em 54. Naquela época, o único contraponto era o “Última Hora”, jornal de Samuel Wainer.
Hoje, os “blogs sujos” cumprem – de forma ainda limitada, mas efetiva - o papel de contraponto.
Nem isso Serra gostaria de ter. Queria toda a mídia pra ele.
* Partido da imprensa Golpista (Veja, Globo, Folha e elite)
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