domingo, 11 de abril de 2010

NADA!

O Serra não vai ser contra o Lula.

Não vai ser contra a Dilma.

Não vai ser contra o Fernando Henrique.

Não vai ser contra o passado.

Não vai ser a favor da luta de classe (ou seja, chegamos ao comunismo, com o fim das classes sociais).

Não vai ser contra o Estado.

Não vai ser contra a privatização (especialmente da Vale, por que lutou tanto, segundo o FHC).

Não vai ser contra o Nordeste. (Especialmente os nordestinos alagados na periferia de São Paulo.)
Não vai ser a favor das “falanges de ódio. “(o Lacerda gostava muito dessa expressão).

Não vai ser do “nós contra eles.” (como se ele pudesse determinar isso).

Ele é a favor de quê?

Do “Brasil não tem dono”. (Como assim? Quem é dono do Brasil? Quem pensa que é? Só se for o Gilmar “Dantas”)

Ele é a favor do “Brasil pode mais”.
Ou seja, o que tem de novo é do Obama.


Até o hino da campanha é um plagio do hino do Santos.

Não fosse a Ana Hickman, aquele seria um jantar de confraternização dos 50 anos de formados na escolinha dos tucanos, na Sociologia da USP. Os tucanos de São Paulo gastaram o arsenal.
Eles não têm nada a declarar. E quando abrem a boca são incapazes de uma frase bem construída, um slogan inteligente.


Os tucanos não conhecem a metáfora (deveriam ler Borges). Daquela toca não sai mais coelho. O Fernando Henrique dilapidou toda a munição do CEBRAP (financiado, o CEBRAP, pela CIA, diga-se de passagem).

Serra vai ser candidato com as armas que sempre usou.

A arma mais poderosa é o PiG (Partido da Imprensa Golpista, especialmente a Globo e, por extensão, o Globope), a quem prestou recentemente serviço inestimável: agasalhar um terreno invadido há onze anos.


Leia na Carta Capital desta semana, em que Mauricio Dias mostra como o PiG assumiu o papel de líder da oposição no Brasil.

Ou seja, Serra, no palanque faz o papel de santinho do pau oco, e o PiG, pelas costas, apunhala o Lula. (Com a ajuda do traíra Nelson Jobim) Outra arma (mais poderosa, antes da internet) é o jogo sujo, desleal, como foi a destruição da candidatura da Roseana Sarney, em 2002.

Ou, como diz o Ciro Gomes, Serra numa campanha é garantia de baixaria; ou, se for preciso, o Serra, que não escrúpulo, passa com um trator por cima da mãe.
Prevalece hoje e sempre aquela pergunta do filosofo Paulo Arantes, numa sabatina na Folha: o que pensa esse (o Serra) rapaz ?


A resposta é: nada.

by Paulo Henrique Amorim

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