segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

POBRES DE SÃO PAULO - II

Prefeitos da região do Alto Tietê (Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos, Santa Isabel, Suzano entre outros) procuraram o senador Aloísio Mercadante para fazer denúncia que pode caracterizar um crime. (No Hemisfério Norte, seria.) O Governador da elite de São Paulo, José “Alagão” Serra, segura a água do rio Tietê na barragem da Penha para impedir que a água chegue a Avenida Marginal, onde Serra faz uma obra inútil, mas visível. (Os 90 piscinões que ele deixou de construir para ajudar o Tietê são invisíveis.) Ao segurar a água do Tietê antes de chegar à Marginal, Serra enche o rio e provoca alagamento na região pobre da cidade, onde moram, na maioria, nordestinos – por exemplo, no Jardim Romano, o Katrina do Serra. Resumo da denúncia-crime: para inaugurar a obra e simular eficiência, Serra distribui água com esgoto e doenças aos moradores do Jardim Romano e de toda a Zona Leste.

Como diz o Ciro Gomes: “ele não tem escrúpulos. Se for preciso, passa com um trator por cima da mãe. Serra numa disputa eleitoral é garantia de jogo sujo.”

A denúncia-crime se torna mais grave, porque Serra não investiu para limpar o leito do rio.
O Tietê está sujo de erosão. (O lixo jogado pelos homens é irrelevante para sujar o leito do rio. O que suja o leito do rio é a erosão natural.) Perto de Jacu-Pêssego, por exemplo, o Tietê tem um metro de profundidade! (“Escavadeira cai no rio Tietê e não afunda”). É por isso que, com a água represada, alagam o Jardim Romano, Guarulhos e Itaquaquecetuba. Com a sujeira do leito dos rios, os afluentes não conseguem entrar no Tietê e enchem e alagam, também.

Outra denúncia-crime.


No dia 1º de outubro, o INPE apresentou um relatório sigiloso ao José Serra que previa um verão muito chuvoso. O que recomendaria minimizar o volume de água das represas de São Paulo, porque com a chuva próxima, elas possivelmente encheriam. Zé Alagão não fez nada para impedir o vazamento das represas com o iminente aumento da chuva. Resultado do crime denunciado: 73 mortes, 34 cidades em estado de emergência, 20 mil pessoas desalojadas, e 5 mil desabrigadas irremediavelmente (não poderão voltar às suas casas). Quantas dessas vítimas são nordestinos?

Em que setor da administração pública Serra pode invocar eficiência? (Não é na matemática: Estadão: “alunos das escolas públicas de São Paulo não somam 2 + 2″.) O que faz dele um candidato “consistente”, como diria a Eliane Catanhêde? Como me disse um governador do PMDB: Serra é candidato com um único argumento: o controle do PiG (Partido da Imprensa Golpista). Como diz o Paulo Henrique Amorim: não fosse o PiG, esses tucanos de São Paulo não passavam de Resende.

Do e-leitor Raphael: “E continua a campanha do Zé para culpar a população pelas catástrofes climáticas do estado. Faz-se necessário informar ao excelentíssimo governador tucano que muito embora pense estar na Chuíça, a dura realidade é que SP continuará tendo o clima típico da região sudeste do Brasil: subtropical. “

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