segunda-feira, 16 de novembro de 2009

IMPEACHMENT

“Mensalão foi tentativa de golpe.” “Foi uma tentativa de golpe no Governo. Foi a maior armação já feita contra o Governo.” “Marcos Valério não vem do PT, vem de outras campanhas”.(do tucano Eduardo Azeredo) disse Lula.

Sobre Fernando Henrique: “é um poço de mágoa”, que tem inveja de Lula. Esses são trechos da entrevista que foi ao ar no domingo, na Rede TV.

Impeachment também é a cobertura alucinada que o PiG ** faz do “apagão”. O Globo disse que Itaipu parou de funcionar. Que o sistema está em risco. Que a culpa é da Dilma.

Impeachment foi o caosaéreo. Impeachment foram os cartões corporativos. Foi a Dra Lina. Foi a derrubada do Sarney para entregar o Senado ao tucano acusado de todos os crimes previstos na legislação eleitoral. Impeachment foi a febre amarela. Impeachment foi a gripe suína. Foi a queda do helicóptero no Rio. O sumiço das provas do Enem dentro de uma gráfica da Folha (*). Impeachment é a palavra de ordem do PiG e seus ventríloquos no Congresso, desde que Lula tomou posse.

Talvez só agora, no fim do Governo, o Presidente Lula tenha resolvido falar mal do PiG e seus colunistas, do antecessor (que tem inveja, o que é muito bom, porque a inveja corrói o invejoso por dentro) e, agora, denunciar o impeachment do mensalão. Só falta ir até o fim do raciocínio. O impeachment do mensalão só não seguiu adiante – e poderia ter sido concretizado enquanto Duda Mendonça depunha no Senado –, porque FHC preferiu impor a “teoria do sangramento”. Só por isso a oposição liderada pelo prodigioso Agripino Maia não pediu o impeachment enquanto Duda confessava que recebia dinheiro lá fora.

A tentativa de impeachment é permanente, ininterrupta. É a mesma que levou o Dr Getulio a meter uma bala no peito. A que tentou impedir que JK governasse. A mesma que derrubou Jango. A mesma que apoiou os militares e transformou Geisel e Golbery em Pais da Pátria. É mesma que impediu Brizola de ser Presidente. E agora, a mesma que quer derrubar Lula. E impedir que faça o sucessor.

Agora, o PiG quer igualar a interrupção de algumas horas no fornecimento de energia com o racionamento do cinzento Governo do Farol de Alexandria, que custou dois pontos percentuais no PIB e uma conta de R$ 45 bilhões que ele tirou do bolso do consumidor.
O impeachment não sai da ordem do dia.

Paulo Henrique Amorim


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