segunda-feira, 9 de março de 2009

TUDO MENTIRA!!

Um passarinho pousou na janela do meu apartamento, com um bilhete preso no bico. O bilhete continha as seguintes informações:

“Gilmar Dantas”, pressionou a vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 2a. Região, em São Paulo, juíza Suzana Camargo, para vazar o “inquérito” sobre o vazamento do vazamento do vazamento.

O objetivo é incriminar os delegados Protógenes Queiroz e Paulo Lacerda. O veículo desse vazamento do vazamento do vazamento só pode ter sido, como diz o Noblat, o juiz Mazloum.

É bom não esquecer: a referida juíza Camargo é aquela que pressionou o juiz Fausto De Sanctis, para, a pedido de “Gilmar Dantas”, não decretar a segunda prisão de Daniel Dantas.

É bom não esquecer também que o delegado Protógenes Queiroz, no próprio sábado em que a Veja abriu a tampa da sua cloaca, declarou: no pen-drive dele e no computador de sua mulher a Polícia Federal não achou nada, nem o que mais buscava: as fotos do restaurante Original Shundi.

O delegado Protógenes Queiroz, que só lê a Veja obrigado, reafirma: o que tem ali é o depoimento de um oficial de inteligência da ABIN que vale tanto quanto um dólar furado, e o resto consta do relatório da Operação Satiagraha.

Ou seja, a capa da Veja e o vazamento do vazamento do vazamento são o novo grampo sem áudio com o mesmo objetivo. Salvar Daniel Dantas.

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Leia o diálogo entre Paulo Henrique Amorim e Protógenes em 09 março:

- Você viu a Veja?
- Li, comprei no aeroporto.
- O que você acha?
- Eles estão querendo prorrogar a CPI, que não deu em nada.
- Mas, e as denúncias?
- Tudo mentira.
- Eu imaginei que fosse assim: o juiz te autoriza a grampear o Naji Nahas, o Naji Nahas se encontra com o Papa e você tem o Papa na gravação. Não pode ser isso?
- Pode ser. Mas não é isso.
- Não tem ninguém ali que tenha aparecido no grampo de outro?
- Só tem a Dilma, mas isso aparece na Satiagraha.
- E a vida amorosa dela, isso que a Veja fala.
- Não tem nada.
- E o Gilmar Mendes?
- Não tem nada.
- Mas, pera aí, não tem nenhum documento, nada? O que acharam na casa do teu filho, no Rio?
- Nada.
- E na tua casa em Brasília?
- Nada. Tem o computador da minha mulher.
- E no teu pen-drive?
- Tem o material que eu já encaminhei à Procuradoria Geral da República. É material da Satiagraha.
- E do Fernando Henrique?
- Não tem grampo nenhum. Nada.
- E do José Serra?
- Nada. Só aparece uma conversa da filha dele com a irmã do Daniel Dantas. Mas, é uma relação empresarial. Não tinha nada a ver com a investigação.
- E o filho do Lula?
- Não aparece em nenhum momento, não tem nada.
- Mas, como é que a Veja ia inventar tudo?
- Cadê o áudio do grampo, Paulo Henrique? É só isso: um vazamento mentiroso.

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Então, tudo leva a crer que o Nassif tem razão:
“Como o inquérito corre em segredo de Justiça, a ele se pode atribuir inclusive a autoria da carta de Pero Vaz de Caminha.”

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