segunda-feira, 17 de março de 2008

COLUNA DO DIA 19 MAR 2008 - NOSSA FOLHA

“Esses dias eu recebi aqui o ex-presidente de Portugal, Mário Soares. Ele veio aqui, como jornalista, fazer uma entrevista para a TV Pública de Portugal. Ao se sentar, no meu gabinete, ele falou assim para mim: ‘Presidente, eu não estou entendendo. Eu leio a imprensa estrangeira e vejo que o Brasil está muito bem, eu converso com empresários estrangeiros e vejo que a economia brasileira está muito bem. Mas quando eu leio a imprensa brasileira eu penso que o Brasil acabou, parece que acabou o Brasil’.
Este é um trecho do discurso que o presidente Lula fez na semana passada – 12 de março – a um grupo que a revista Economist reuniu, em Brasília. Passando o sentimento de Mário Soares. A Economist é a mais respeitada revista de economia do mundo.
Eis mais um trecho:
Governar para os Ricos é mais fácil: “Se eu quiser governar o Brasil para 35 milhões, eu não terei problemas, porque o Brasil tem espaço para 35 ou 40 milhões de brasileiros viverem em padrão de classe média alta européia. Se eu quiser governar só para esses, eu não preciso, realmente, fazer investimento do Estado. Agora, se eu quiser e o Brasil desejar incluir os milhões que estão deserdados, aí, realmente, nós vamos ter que gastar.
É para se pensar...
“O importante nisso é que nós vamos, a partir deste ano, colocar aproximadamente 100 mil novos alunos nas universidades federais, seja nos cursos noturnos ou pelo fato de aumentar o número de alunos por professores de 12 para 18. Então, nós estamos fazendo uma pequena revolução na educação universitária no Brasil”. Presidente Lula em reunião com reitores de universidades federais.

Está difícil. Lula pensa em Aécio, empolga-se com Dilma, volta a se fixar em Aécio... Ele já sentiu que é muito mais fácil fazer sucesso do que sucessor.

De uma fonte privilegiada, bom conhecedor do presidente Lula. Diz ele que o sonho de Lula é emplacar na Presidência seu candidato, ao que tudo indica Dilma Rousseff, e voltar para São Bernardo para comer galeto e bater caixa com os amigos. Se sentir fraqueza, contra José Serra vai apoiar Aécio Neves. E se tiver dúvidas quanto às chances de vitória de Aécio, desincompatibiliza-se do mandato presidencial e candidata-se ao Senado, para não deixar o homem deitar e rolar. Enfim, Lula ficaria na ribalta para não deixar barato, em uma oposição ferrenha. Diz a fonte: “Se Serra leva, você verá o que é um governo autoritário”. Comentário dele, não do Lula.

O primeiro PAC que mexeu com o Brasil foi Pedro Álvares Cabral.

O Ministério da Cultura da Espanha oferece bolsa de estudos para estrangeiros. Mas não garante que os interessados ingressem no país.

Bush adora a briga entre os candidatos democratas Hillary Clinton e Barack Obama. Quer mais que os dois vão para Ohio. Ohio que os parta.
No capítulo “O Estilo Veja de Jornalismo” Luiz Nassif, em seu blog, mostra os princípios de atuação ficcional da revista Veja e algumas análises de caso – como a material fantasioso sobre o estouro do câmbio em 1999. “Não poucas vezes, a revista "criou" notícias meramente recorrendo a um recurso que, em jornalismo, se chama vulgarmente de “cozidão” – isto é, um apanhado de fatos velhos, já divulgados, mas apresentados como novidade. Durante a campanha do "mensalão" e depois dela, poucas vezes se viu tamanha quantidade de factóides criados por uma única publicação. O surpreendente é que cada matéria, por mais inverossímil que fosse, acabava recebendo ampla repercussão dos demais veículos da grande mídia - com a irracionalidade e falta de critérios típicos do chamado "efeito-manada".”

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