segunda-feira, 1 de março de 2010

CRACK

FHC poderia se dedicar a causas úteis.

Como investigar a sowetização dos nordestinos na Zona Leste de São Paulo. Investigar a marginalização social dos nordestinos nas favelas de São Paulo. Investigar por que a educação pública em São Paulo entrou em colapso. Investigar por que a desigualdade de renda em São Paulo é uma das mais altas do Brasil.

Não, FHC não está preocupado com o Brasil.

A patológica vaidade busca plateias internacionais, cheias de holofote. Por isso, ele abraçou uma causa chic, up-to-date em alguns salões de tapete vermelho e champagne rosé.

A defesa dos drogados chics, dos meninos e meninas de classe média, que são apanhados com uma trouxinha de maconha ou uma carreirinha de cocaína. O Farol de Alexandria (segundo Paulo Henrique Amorim) não sabe do que fala. Não sabe que o problema da droga no Brasil não tem nada que se possa tratar num salão de convenções do Waldorf Astoria.

A barra aqui é outra: é o crack. Que mata.
E custa pouco. É droga da devastação dos pobres e miseráveis.

Esse pessoal que o Serra tranca numa jaula, num espetáculo que secretário do Poste chamou de “pirotecnia”. Com o crack o Farol não faz sucesso. Ele não conhece ninguém viciado em crack. Ele quer descriminalizar, passar a mão na cabeca do crack? E aí, sem polícia, como é que faz? Deixa o pessoal se entupir de crack, e aí? Manda os miseraveis drogados para a porta do iFHC ? Para a porta do Cebrap ? Como sempre, o Farol nao tem compromisso com o Brasil.

Se o amigo e-leitor quer ver o que um líder político deveria falar sobre a matéria, vale a pena ler o que a Ministra Dilma Rousseff disse á revista Época:
“A droga é uma coisa muito complicada. Não podemos tratar da questão da droga no Brasil só com descriminalização. Estou muito preocupada com o crack. O crack mata, é muito barato, está entrando em toda periferia e nas pequenas cidades. Não vamos tratar o crack única e exclusivamente com repressão, mas com uma grande rede social, que o governo integra. Há muita entidade filantrópica nas clínicas de recuperação. A gente tem de cuidar de recuperar quem já está viciado e cuidar de impedir que entrem outros. Tem que cuidar também para criar uma política de esclarecimentos sobre isso. Não acho que os órgãos governamentais, Estado, municípios e União, vão conseguir sozinhos. Vamos precisar de todas as igrejas e entidades que têm uma política efetiva de combate às drogas. A questão da droga no século XXI é muito diferente daquele tempo de Woodstoc, que tinha um componente libertário.”

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Será que os Medianeirenses sabem o que seus filhos fazem longe de casa, à noite principalmente? Aquele objeto diferente parecido com cachimbo nas mochilas pode não ser uma caneta.

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