segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

"MISTURANÇA"

Saiu uma pesquisa em que Zé Alagão (José Serra), cai e Dilma sobe. Desmente a do Globope (IBOPE + Globo). Isso, sem contar os efeitos benéficos do “Alagão” sobre a candidatura do “mais feio por dentro do que por fora”. E sem contar com o efeito do programa de tevê do PT, em que Lula lança Dilma oficialmente. É muito cedo para eleger um presidente por pesquisas. Nem José Serra acredita nelas – se acreditasse já teria dito o “sim”.

Este e-leitor acredita que o Silvio, do Pânico, tem mais chance de ser Presidente do Brasil do que o José Serra. E não precisa de pesquisa nenhuma. Acredito em geografia. Em cartografia.

O “Zé Alagão” não será jamais Presidente porque o Brasil não aguenta mais o “paulistismo”. Não aguenta a soberba do Farol de Alexandria (FHC), aquele que levou 18 anos para reconhecer um filho. E a incompetência do “economista competente”, que não é um nem outro. Ainda mais agora que, depois de 15 anos de tucanos, São Paulo conseguiu reduzir sua participação no PIB. Os tucanos enferrujaram a locomotiva. Ou melhor, “alagaram”. É a geografia!

E saiu na Carta Capital, página 32, em reportagem de Gilberto Nascimento: “Do cerrado à terra da garoa – conexão – Pelas mãos de tucanos, empresas do esquema do DF aportaram ao São Paulo (no Estado e na Prefeitura).” Nascimento já tinha tratado desse assunto, na mesma Carta Capital.

Em certo vídeo em que José Serra, numa reunião em Brasília, diz que o eleitor que votar nele e em Arruda (para vice), “votaria num e levaria dois carecas” (Convenhamos que é uma frase genial!)
Agora, de novo Gilberto Nascimento mostra como a empresa CTIS Tecnologia faz contratos em São Paulo pela bagatela de R$ 400 milhões, para informatizar escolas públicas. Como Martus Tavares, ministro do Planejamento de Fernando Henrique, e Luiz Fernando Wellisch, que trabalhou com o prefeito Serra (quando ele disse que ia cumprir o mandato até o fim) parecem estar numa ponta e outra da operação – no Governo e na empresa. Assim como existe um troca-troca entre operações em São Paulo e no Distrito Federal do careca de lá, o Arruda.

É uma misturança.

Tucanos e demos de lá, tucanos e demos de cá.

Arruda e a Castelo de Areia sacaram da plataforma do José Serra o tema da Preservação da Moral e dos Bons Costumes. A bandeira fica para o Farol de Alexandria (que levou dezoito anos para reconhecer um filho) enrolar os repórteres da imprensa golpista de SP + Globo.

E para completar o primeiro ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, escreveu no principal jornal da Espanha, El País:

“O Lula é um assombro.”
“Lula pagou a dívida e faz a economia crescer.”
“Lula é o maior líder da América Latina.”
“Lula é uma referência para todos os governantes.”

Coitado do Farol de Alexandria. Em Washington, onde não tem por que temer o transbordamento do rio Potomac, FHC emitiu tímidos ruídos (cortando os pulsos logicamente). Por exemplo, disse que Dilma não existe: quem existe é o Lula. E duvida que Lula transfira votos para Dilma. Ele tem razão. Na sucessão dele, em 2002, nenhum candidato defendeu o governo dele. Nem o candidato dele, o José Serra. Ele sabe de cadeira: um presidente não transfere votos. Não é isso, “Zé Pedágio”?

Por que o José Serra não chama o FHC para o palanque em Heliópolis?

E por que será que a Dilma sobe no palanque do Lula?

É porque a Dilma gosta de sofrer.

Nenhum comentário: