O século XXI avança e crimes como a escravidão ainda são praticados em mais de 100 países. Assassinatos, estupros, torturas são rotina. Até hoje, a declaração continua sendo violada no mundo inteiro.
Diante da violência e do horror, sempre aparecem aqueles que acham natural um seqüestrador ser torturado e morto na cadeia.
O problema é que assumir essa posição acaba legitimando o estupro e a tortura.
A pena de morte nada mais é do que uma forma de legitimar socialmente o próprio ato de matar um ser humano.
Raciocinando logicamente (uma habilidade que torna os seres humanos seres humanos), é inadmissível estuprar, torturar ou matar uma pessoa, independentemente do contexto.
A tortura, o estupro e o assassinato atentam, sempre, contra a humanidade de todos os envolvidos, de quem sofre e de quem pratica.
Não é pela guerra que se alcança a paz (vide Afeganistão, Iraque, Israel, Palestina...). Não é com violência que se reduz a violência (vide São Paulo e Rio). Impossível enfrentar o horror e a barbárie com mais horror e barbárie. Um traz o outro, num círculo vicioso tenebroso e auto-destrutivo.
Essa é a razão de terem sido instituídos direitos universais, de todo e qualquer ser humano. E chegou-se a essa conclusão depois de duas guerras mundiais, em que milhões de pessoas morreram inutilmente.
A universalidade dos direitos humanos, independentemente do que se fizer, é a garantia que cada um terá seus direitos individuais, humanos, respeitados.
Quando se submete uma pessoa, mesmo que por meio do governo, à tortura e à morte, aceita-se que algum dia qualquer um poderá sofrer o mesmo tipo de tratamento. Mas isso é, humanamente, inaceitável.
O sistema carcerário brasileiro é podre. Todo mundo sabe disso. Se os direitos humanos fossem levados a sério, nenhuma pessoa mereceria as condições de vida oferecidas na enorme maioria dos presídios do Brasil e de boa parte do mundo.
Mas as pessoas aceitam isso naturalmente, como se a desumanização dos presídios fosse um complemento ao crime, como se um justificasse o outro.
Quem é o ovo e quem é a galinha: o crime ou o sistema que lida com o crime?
Que em 2009 sejam respeitados todos os humanos e seus direitos!
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
"SIFU"
Na velha União Soviética, o regime costumava ajustar as fotografias às conveniências do ditador. Deve-se a Stalin o retoque mais famoso.
Mandou ajeitar uma foto histórica.
Na imagem original, Lenin aparecia discursando para uma praça Vermelha apinhada tendo Trótski a seu lado.
Por ordem de Stalin, o camarada Trótski foi apagado da fotografia. Na semana passada, o Planalto protagonizara uma versão sonora da tática bolchevique.
A assessoria de comunicação da Presidência levara ao sítio oficial um discurso marquetado pela maquiagem.
Em pronunciamento que fizera no Rio, Lula injetara um inusitado "sifu" ...
Na transcrição do Planalto, a surpresa, que soara perfeitamente audível, foi substituída por um enigmático "inaudível".
Nesta segunda (8), a assessoria de Lula se deu conta do ridículo.
Com cinco dias de atraso, ouviu o que o país inteiro já escutara.
Súbito, o "inaudível" da primeira versão deu lugar ao insubstituível "sifu". A verdade prevaleceu sobre a lorota no segundo parágrafo da página número sete da nova transcrição.
O Planalto atribui a tentativa de limpar a boca de Lula a um "erro", não à censura ou ao excesso de zelo.
Quem errou? Bem, isso, por ora, é informação confidencial.
E preocupado com a crise mundial, o presidente Lula deveria criar mais um órgão: a Secretaria de Informações Futurológicas.
A sigla? SIFU, é claro.
E a pergunta que não quer calar:
Quando Lula discursou estava sob os efeitos do pré-sal ou do pró-alcool?
****
Lembram-se quando o Grêmio entregou uma camiseta do clube ao Lula, com o nº 13 ?
Deu no que deu: perdeu alguns jogos e o campeonato.
Mandou ajeitar uma foto histórica.
Na imagem original, Lenin aparecia discursando para uma praça Vermelha apinhada tendo Trótski a seu lado.
Por ordem de Stalin, o camarada Trótski foi apagado da fotografia. Na semana passada, o Planalto protagonizara uma versão sonora da tática bolchevique.
A assessoria de comunicação da Presidência levara ao sítio oficial um discurso marquetado pela maquiagem.
Em pronunciamento que fizera no Rio, Lula injetara um inusitado "sifu" ...
Na transcrição do Planalto, a surpresa, que soara perfeitamente audível, foi substituída por um enigmático "inaudível".
Nesta segunda (8), a assessoria de Lula se deu conta do ridículo.
Com cinco dias de atraso, ouviu o que o país inteiro já escutara.
Súbito, o "inaudível" da primeira versão deu lugar ao insubstituível "sifu". A verdade prevaleceu sobre a lorota no segundo parágrafo da página número sete da nova transcrição.
O Planalto atribui a tentativa de limpar a boca de Lula a um "erro", não à censura ou ao excesso de zelo.
Quem errou? Bem, isso, por ora, é informação confidencial.
E preocupado com a crise mundial, o presidente Lula deveria criar mais um órgão: a Secretaria de Informações Futurológicas.
A sigla? SIFU, é claro.
E a pergunta que não quer calar:
Quando Lula discursou estava sob os efeitos do pré-sal ou do pró-alcool?
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Lembram-se quando o Grêmio entregou uma camiseta do clube ao Lula, com o nº 13 ?
Deu no que deu: perdeu alguns jogos e o campeonato.
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